Riscos do Piercing na Cavidade Oral

O uso de piercing na cavidade oral é uma prática comum entre os jovens de todo o mundo. Porém, o que muitos não sabem, é a grande complicação que esse tipo de adereço pode trazer aos tecidos moles e duros, inclusive com reflexos sistêmicos, no caso de indivíduos imunosuprimidos. O piercing serve como zona de retenção de alimentos e aumenta a colonização de microrganismos, o que pode causar um foco de infecção se houver má higienização, levando a uma série de complicações. Segundo Eulálio SRN e colaboradores(2012), o piercing oral ainda pode atuar como um dos fatores etiológicos do câncer oral, poi contribui para o desenvolvimento de lesões crônicas na mucosa oral e perioral (ao redor da boca), assim como liberação de substâncias carcinogênicas (que causam câncer. Ele pode ser confeccionado com aço cirúrgico, um material que desprende cromo, substância essa considerada carcinogênica. No mesmo estudo, foi constatado que pouquíssimos usuários procuram um profissional da saúde. Este é um dado preocupante, pois os usuários ficam expostos à violação nas normas de biossegurança, já muitos dos locais que instalam piercing, não tem alvará da vigilância sanitária, nem equipamentos necessários para esterilização dos instrumentos. Isto aumenta o risco de contaminação pelo vírus da hepatite, herpes, AIDS, entre outras doenças. Verificou-se também, nesta pequisa, uma série de alterações e danos orais e periorais causados pelo o uso de cada vez mais frequente de piercing oral entre os indivíduos jovens. As alterações observadas foram: Recessão gengival; Fratural dentária; Perda de gustação; Inflamação; Infecção; Formação de quelóide; Alergia; Aspiração; Hábitos deletérios. Entre os riscos locais mais comuns devido ao uso do piercing oral, tem-se: hemorragia; hematoma e infecção devido ao contato contínuo com saliva e alimento; lesões da mucosa (língua, gengiva e palato); possibilidade de perda dentária; hipersensibilidade dentinária e periodontite; fissura dental ou recessão gengival extensiva; distúrbios de fonação e mastigação; migração dentária; faringite estreptocócica; presença de sensações desagradáveis tais como coceira e dor; lesões nervosas motoras e sensitivas. Alerta-se para a importância de uma consulta com um cirurgião-dentista antes da instalação de artefatos deste tipo, no intuito de se minimizar esses danos. Dra. Ana Carolina Saraiva C. Dias #piercing #boca #riscos #saúdebucal #doenças #gengivite Créditos na foto: Freepik Compartilhe em: Mais Artigos:
Halitose – O que é? Como prevenir?

De acordo com a Associação Brasileira de Halitose, “a halitose ou mau hálito é uma condição anormal do hálito que se altera de forma desagradável. A palavra halitose se origina do latim. “Halitu” significa ar expirado e “osi” alteração. É, portanto, o odor expirado pelos pulmões, boca e narinas”. Existem aproximadamente 60 causas distintas e, por este motivo, o mau hálito tem característica multifatorial, ainda que em mais de 90% dos casos sua origem se dá na cavidade bucal, acompanhada ou não de alterações sistêmicas. Pode ser de origem fisiológica (hálito da manhã, jejum prolongado, dietas descontroladas ou hábitos ou alimentação inadequada), devido a razões locais, como má higiene bucal, placas bacterianas retidas na língua (saburra lingual) ou amídalas (cáseos amidalianos), baixa produção de saliva (hipossalivação), doenças da gengiva, problemas em vias aéreas (adenóides, rinites, sinusites…), estresse ou mesmo por razões sistêmicas, dentre elas diabetes, problemas renais ou hepáticos, prisão de ventre acentuada e outros. Cerca de 85% a 90% dos casos de halitose se originam na boca, um ecossistema no qual vivem centenas de espécies de bactérias com diferentes necessidades nutricionais. Quando essa flora digere proteínas, podem ser liberadas substâncias que têm mau cheiro. Entre elas: gás sulfídrico, resultante do metabolismo anaeróbico (cheiro de ovo estragado), escatol (substância também encontrada nas fezes), cadaverina (associada à decomposição de corpos), putrescina (à decomposição de carne) e ácido isovalérico, também presente no suor dos pés. A mistura dos odores dessas substâncias não costuma ser percebida pelos portadores de halitose, mas provoca repulsa nos que se relacionam com eles. Pesquisas recentes de Walter Loesche, na Universidade de Michigan, demonstraram que os microrganismos presentes na língua são diferentes dos da placa dentária. Estudando pessoas saudáveis com halitose, o grupo de Loesche mostrou que a principal região anatômica responsável pela halitose não é a placa dentária, como se pensava, mas a área mais posterior da língua, no fundo da cavidade oral. A explicação é simples: essa região recebe um fluxo diminuído de saliva e contém grande número de pequenas criptas (invaginações), nas quais as bactérias podem esconder-se. Nesse local privilegiado, elas digerem as proteínas de restos alimentares aí retidos e as contidas no muco que goteja imperceptível dos seios da face na direção da faringe (gotejamento pós-nasal). Esse gotejamento persistente é encontrado em cerca de 25% da população urbana, como resultado de alergias,poluentes químicos e processos inflamatórios das mucosas nasais e dos seios da face (sinusites). Outra causa de halitose com origem na boca é a má conservação dos dentes, inflamação das gengivas, restos alimentares entre os dentes e abscessos. De 5% a 10% dos casos são provocados por inflamações das fossas nasais; 3% têm sua origem em processos infecciosos localizados nas amídalas e apenas 1% em outras localizações. Rarissimamente o estômago ou outras partes do aparelho digestivo estão envolvidos na halitose. O uso excessivo de medicações, fatores como o fumo, drogas, uso de bebidas alcoólicas e a utilização de soluções para bochecho com álcool na composição também são fatores que podem comprometer o hálito. Dicas para evitar a halitose Realizar pequenas refeições a cada 03 horas, pois jejum prolongado pode comprometer seu hálito; Evitar alimentos que contribuam para o ressecamento bucal (muito salgados, quentes ou condimentados); Evitar o consumo excessivo de alimentos com odor carregado ou contendo enxofre em sua composição (ex: alho, cebola, picles, repolho, couve, brócolis…), gorduras e frituras em geral, de ação estimulante (café, refrigerantes tipo “cola”, achocolatados), ricos em proteínas (carne vermelha, leite e derivados), dentre outros; *Ter uma dieta balanceada, incluindo uso de alimentos duros e fibrosos; Evitar álcool e fumo em excesso; Ingerir bastante líquidos com preferência para água (média de 2 litros/dia); *Realizar adequada higiene bucal (incluindo limpeza da língua) e evitando o uso de soluções para bochecho com álcool na composição; *Visitar o dentista semestralmente, prevenindo assim problemas dentários e gengivais (ex: tártaro, sangramentos…); Realizar exames de saúde geral (check-up) anualmente; Praticar atividades físicas; Reduzir o estresse. Esperamos que com essas dicas você possa agregar à rotina hábitos mais saudáveis, Um forte abraço, Dr. Davi Cartaxo. #halitose #mauhálito #saúdebucal #doenças #bemestar Créditos na foto: Freepik Compartilhe em: Mais Artigos:
Uso do Preenchedor Ácido Hialurônico

Uso do Preenchedor Ácido Hialurônico Você já reparou que as crianças além de não terem rugas no rosto, têm mais bochechas que os adultos? Isso acontece porque, quando somos jovens, temos sustentação pelos coxins de gordura e a nossa pele contém muito ácido hialurônico, que é uma substância produzida pelo nosso organismo e preenche os espaços entre as células. Conforme vamos envelhecendo, além da perda dos coxins de gordura, o organismo diminui sua capacidade de produção de ácido hialurônico. Dessa forma, perdemos sustentação e hidratação, gerando flacidez no rosto, rugas e a tão temida pele caída. A fim de melhorar a sustentação e hidratação da pele e diminuir as rugas, podemos lançar mão do preenchimento com Ácido Hialurônico, que mesmo sintetizado, é um material biodegradável, com baixo potencial de hipersensibilidade, pode ser reversível e apresenta um resultado estético natural. Áreas de aplicação São exemplos de áreas da face que podem ser preenchidas com ácido hialurônico: lábios, sulcos nasogenianos (bigode chinês), sulcos nasojugais (olheiras) e rugas glabelares (raiz do nariz, entre as sobrancelhas), região malar e até mesmo na mandíbula (Preenchimento Mandibular). A aplicação é feita com uso de anestesia local (lidocaína) e recomenda-se tomar anti-inflamatório 1 hora antes do procedimento. Pode ser aplicada apenas 1-2ml por sessão. Caso haja necessidade de retoque ou o planejamento para o paciente exija mais de 2ml, a reaplicação deve ser feita 30 dias após a primeira aplicação. Cuidados Não se deve tomar sol, fazer atividade física e coçar/esfregar a região por 24h. Deve-se evitar pressão na região por 15 dias, para que não haja deslocamento do gel. Compressas frias com gelo mole diminuem a formação de inchaço (edema). Em quanto tempo tenho resultado e quanto tempo dura? O resultado aparece imediatamente, porém não é o resultado final, pois há formação de edema imediatamente à aplicação. O resultado final é observado após duas semanas, quando o inchaço já deve ter desaparecido. A durabilidade do ácido hialurônico varia dependendo da composição do mesmo e do organismo do paciente. Pode durar de 12 a 18 meses. E se você quer saber mais sobre preenchimento facial com ácido hialurônico, venha para a ORAL PREMIER! Agende a sua consulta e converse com um de nossos profissionais! Créditos na foto: Freepik Compartilhe em: Mais Artigos:
Toxina Botulínica na Odontologia: O que é e como funciona?

Toxina Botulínica na Odontologia: O que é e como funciona? A toxina botulínica tem diversas aplicações na Odontologia, podendo ser utilizada tanto em tratamentos estéticos quanto naqueles em problemas mais sérios. A utilização da mesma em procedimentos cosméticos foi aprovada pela ANVISA no Brasil no ano 2000 e nos EUA, pela FDA, no ano de 2002. Seu mecanismo é seguro e tem poucas contra indicações. Afinal, o que é a toxina botulínica? Ela é uma toxina, produzida pela bactéria Clostridium botulinum, que atualmente é muito usada no ramo do rejuvenescimento. Essa bactéria é a mesma que provoca o botulismo, uma doença grave que tem diversos sintomas, como a paralisia muscular. Contudo, a toxina botulínica comercializada é purificada e usada em doses que são capazes de trazer benefícios para o corpo humano, como auxiliar em tratamentos de beleza e até de doenças. Por isso, a substância é bastante utilizada para realizar a harmonização orofacial dos indivíduos. Age bloqueando a liberação de um químico chamado acetilcolina, neurotransmissor que transporta mensagens entre o cérebro e as fibras musculares. Sem ordem para se movimentar, o tecido relaxa, aliviando a tensão dos músculos na região da aplicação. Atualmente, existem pelo menos quatro tipos de neuromoduladores de toxina botulínica tipo A autorizados pelo Food and Drug Administration, nos Estados Unidos, e/ou pela Anvisa no Brasil: Botox® (onabotulinumtoxinA); Dysport® (abobotu- linumtoxinA); Xeomin® (incobotulinumtoxinA)(4); Prosigne® (5-6), utilizado apenas no mercado nacional. Para quem a toxina Botulínica é indicada? Alguns dos sinais ou sintomas mais comuns que podem ser tratados com o botox e podem ser realizados nos consultórios odontológicos são: pessoas que sofrem com bruxismo (ranger de dentes), apertamento dental, cefaléia tensional, sorriso gengival “expressivo”, depressão da comissura labial (canto da boca), linhas de marionete, “pés de galinha”, abertura bucal e sorriso assimétricos, rugas na testa e entre sobrancelhas. Como é realizado o tratamento com toxina botulínica? O procedimento para receber a toxina é simples, seguro e efetivo, desde que seja realizado por um cirurgião-dentista qualificado para tal. É feita com uma agulha muito fina e bem pequena, para que o processo seja superficial e como a agulha é pequena, os pacientes sentem pouca ou nenhuma dor no procedimento. Geralmente, a aplicação pode ser feita em uma sessão que dura em torno de 30 minutos, dependendo da quantidade de injeções que forem dadas. O número vai depender da região do rosto e do objetivo do tratamento. Em quanto tempo eu tenho o resultado, e quanto tempo dura? O resultado do Botox® normalmente pode ser visto depois de 48h, e seu efeito máximo, em 15 dias. É preciso repouso por 4 horas após aplicação, e é recomendável que por 24 horas, não pratique exercícios físicos, nem massageie ou esfregue o local.A duração da aplicação varia entre 3 a 4 meses, mas há casos em que o resultado pode se estender por até 6 meses. Deve existir um intervalo mínimo de 4 meses entre cada aplicação, e caso esse tempo não seja seguido, há risco do organismo desenvolver resistência ao produto, fazendo com que a toxina botulínica perca seu efeito. E se você quer conhecer melhor o tratamento com toxina botulínica, venha para a ORAL PREMIER! Agende a sua consulta e converse com um de nossos profissionais! Créditos na foto: Freepik Compartilhe em: Mais Artigos: